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O veneno anti-muçulmano que escorre dos conservadores culturais americanos e dos cristãos de direita sobre a Mesquita no Marco Zero é bastante interessante quando comparado ao amor profundamente arraigado que esses mesmos grupos conservadores uma vez sentiram para com a jihad islâmica poucas décadas atrás.
“O Islã radical dos Irmãos Muçulmanos que retornaram ao Afeganistão do exílio no final da década de 1960 e início da década de 1970 não compartilhava nenhum dos traços “festivos, personalizados e extáticos” do islamismo afegão – nem se apresentava como um movimento de reforma política ou econômica. Em vez disso, o que reentrou no Afeganistão depois do seu exílio foi um híbrido violento e antimodernista (descrito pelo especialista francês Olivier Roy como mais parecido com a seita católica extremista Opus Dei do que qualquer coisa nativa no Afeganistão) que desafiou os limites enfraquecidos do antigo patriarcado, e triunfante se libertou dos limites tradicionais da violência e das rivalidades dos clãs.”
Bem, Carter tomou o partido dos radicais e moveu os EUA de uma détente nixoniana (amenização de conflitos) para uma postura mais combativa contra os russos ateus e aprovou o plano de Brzezinski para incitar os soviéticos a invadir o Afeganistão para que, como Brzezinski reconhecidamente colocou anos mais tarde: “… Nós pudéssemos dar-lhes seu Vietnam “.
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